Enfrentando a Resistência


Existe um fenômeno muito comum a todos os escritores. Trata-se da Resistência a escrita. E isso nada mais é do que a procrastinação, ou seja, o deixar para fazer depois.
        Acredite quando digo que no momento em que você decidir escrever vai surgir um milhão de coisas que você vai querer fazer. Você vai sentir fome, sono, vontade de ir ao banheiro e até de fazer aquele trabalho chato que você vinha adiando. Tudo para que você não escreva.
        São armadilhas do seu cérebro, como também de lembrar de alguma referência que você quer colocar no texto e tem vontade de parar de escrever para procurá-la. Não caía nessa, continue escrevendo. Você poderá checar essa referência depois.
        Você vai ter uma ideia brilhante para outro texto. Armadilha. Assim que começar esse outro texto as ideias se desfazem ou você terá outra ideia para outro texto, indefinidamente. O melhor a fazer é ignorar todas as distrações e se focar no que está escrevendo.
        Algumas coisas você não vai poder ignorar (vontade de ir ao banheiro é uma delas), mas todo o resto que puder, faça. Saiba que a resistência existe e é normal, portando aprenda a driblar esse problema, eis algumas dicas:

        Não ter para onde fugir: é o que acontece quando se escreve no ônibus, por exemplo. Não tenho como consultar referências, nem internet, nem nada melhor para fazer do que escrever.

        Limite de tempo: Trabalhar com um cronômetro funciona bem para algumas pessoas, mas pode ter o problema de o tempo passar e nenhuma palavra sair, por isso eu prefiro o...

        Limite mínimo de palavras: trata-se de forçar a escrita até que um número mínimo de palavras seja atingido por dia, quando uso esse recurso trabalho com meio Jack London (Jack London escrevia diariamente mil palavras), ou seja, 500 palavras por dia.

        Não esqueça que a resistência é diferente do bloqueio. Na resistência as ideias estão aí, você precisa apenas escrever.

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